27 de jan. de 2010

Ex-soldado confessa à polícia envolvimento em roubo de arma no Batalhão Mauá

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“Não entrei no quartel e não agredi ninguém”, afirma Sérgio Duarte

Da Redação

No início da madrugada de ontem, 26, Sérgio Duarte de Oliveira (foto), o Serginho, de 19 anos, foi recolhido ao Presídio de Araguari. Ele foi preso na tarde desta segunda-feira, no Bairro de Fátima. Na casa dele, na Rua Pastor Florentino Ferreira, a Polícia Militar e o Exército Brasileiro localizaram uma pistola 9mm, roubada nas dependências do 11º Batalhão de Engenharia e Construção, no último dia 7.

Foto: Gazeta do Triângulo

Antes de ser conduzido para a unidade prisional, Sérgio Duarte - ex-soldado do EB, expulso no final do ano passado, prestou rápido depoimento à Polícia Civil e assumiu seu envolvimento no crime.

Sérgio contou que foi procurado por uma pessoa conhecida por Rafael, com quem acertou sua participação no roubo em troca de dinheiro, que seria pago após a venda do produto do crime.

Diante disso, no dia anterior aos fatos, ele compareceu ao Batalhão para buscar um Certificado de Reservista, conseguindo apurar quem estaria de serviço na noite de 7 de janeiro. As informações foram repassadas ao suposto assaltante.

Ainda no depoimento, o acusado afirmou que pegou a arma com Rafael e a escondeu em sua residência. Desde então, os dois não tiveram qualquer contato, apesar de serem amigos e de Rafael trabalhar em um lava-jato no Bairro de Fátima.

A delegada Ana Cristina Marques Bernardes, que se encontrava de plantão na última segunda-feira, autuou Sérgio Duarte por roubo. O outro envolvido está sendo investigado e poderá ter a sua prisão preventiva decretada a qualquer momento.

Confira, a seguir, trechos da entrevista concedida por Serginho à reportagem:

PARTICIPAÇÃO


“Conheço o Rafael há quase dois anos e só aceitei o serviço porque fiquei com muito medo, uma vez que ele passou a mexer com drogas. Não entrei no quartel e não agredi ninguém, apenas passei para ele quem estaria de serviço no dia 7”.

A ARMA

“No dia seguinte, o Rafael me entregou a arma e tratei de escondê-la em casa. Todos estes dias ela ficou dentro do fogão. Minha mãe sabia e me aconselhou a devolver, mas fiquei com medo”.

EXPULSÃO

“Durante um tempo, fui para o trecho em Uberaba e me envolvi no caso de uma moto. Houve um acidente, onde as vítimas foram levadas para atendimento, e guardei o veículo no destacamento, repassando o ocorrido aos meus superiores. Dias depois, peguei a moto e vim para Araguari. Fiquei sete dias preso no Batalhão e depois fui expulso”.

ACUSAÇÃO


“Provavelmente o Rafael vai dizer que eu entrei no Batalhão e roubei a arma, mas, se formos colocados juntos, tudo será esclarecido. Meu temor é que ele não fique preso e faça algo comigo ou com minha mãe”.

A arma foi recuperada e devolvida ao Exército Brasileiro. Foto: Gazeta do Triângulo
A arma foi recuperada e devolvida ao EB

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